Banquete do rei Belsazar

O rei Belsazar, deu um grande banquete a mil dos seus grandes e, bebeu vinho na presença dos mil.

Havendo Belsazar, provado o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado  do   templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.

Os dois primeiros versículos do capítulo 5, de Daniel, nos relatam como Belsazar, filho de Nabucodonosor, (que já havia falecido) oferece um banquete usando os utensílios sagrados do templo do Senhor, aos súbditos de sua corte. Porém, sua situação já havia sido definida pelo Senhor Deus, vejamos: em 539 a. C.: Belsazar, rei de Babilónia ofereceu um banquete ao qual, convidou cerca de mil líderes nacionais com suas respectivas esposas e companheiras.

O vinho jorrou, os espíritos se alegraram e, a realidade foi perdida de vista.

Ao longo dos vinte e três anos decorridos, desde a morte de Nabucodonosor, Babilónia descrevera uma trajectória continuamente, descendente tendo deixado para trás sua época dourada.

Nabucodonosor, fora sucedido por uma série de governantes medíocres, seu filho, Evil-Merodaque, (veja Jeremias 52:31) não se havia demonstrado  muito útil e,  foi assassinado por seu próprio cunhado, depois de reinar por apenas dois anos.

O cunhado morrera cerca de quatro anos mais tarde, deixando um filho menor. Conspiradores assassinaram então o rei menino e indicaram um de seus cúmplices.

Nabonidus, como sucessor real, porém, seis anos mais tarde o então rei Nabonidus, transferiu seu quartel general de Babilónia para Temã, na Arábia.

Ele entregara o trono a seu filho Belsazar e,  durante, dez anos, Nabonidus não agradou aos seus “colaborares”, se dedicando a adoração de deuses e requerendo o serviço e trabalho de pessoas de elevada classe social, além, da crise financeira, inflação e abandono da capital, se tornou muito impopular. Portanto, Belsazar era fruto de toda sorte de iniquidade e pecado. Foi nesse ambiente, que usando os utensílios sagrados do templo do Senhor, que eram exclusivos para os serviços do templo, que algo extraordinário acontece. Uma mão escreve na parede palavras desconhecidas de todos os presentes, eis o relato em Daniel, CAP. 5 vs, 5 e 6.

“ (Na mesma hora apareceram uns dedos de mãos de homem e, escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real. O rei, via a parte da mão que estava escrevendo. Então, se mudou o semblante do rei e, os seus pensamentos o turbaram. As juntas de seus lombos se relaxaram e, os seus joelhos bateram um no outro.”), ou seja, o rei treme de terror quando presencia a terrível mão sobrenatural escrevendo na parede do palácio real. E, então mais uma vez, a história se repete. O rei  manda convocar os magos, astrólogos, feiticeiros e sábios de Babilónia e, oferece recompensas a quem conseguir decifrar a mensagem escrita na parede. Mas, não puderam ler e decifrar a escrita. Quando, a rainha se lembra de um homem sábio que servira no tempo do rei Nabucodonosor e enfim, chamam o profeta Daniel, que já era avançado em idade.

Daniel, é então introduzido na presença do rei, que lhe promete recompensas se interpretasse a escrita da parede. O profeta Daniel dá uma resposta magnífica ao rei:

Então, respondeu Daniel na presença do rei: “ As tuas dádivas fiquem contigo ó rei e, dá os teus presentes a outro. Todavia, lerei ao rei a escritura e, lhe farei saber a interpretação. Ó rei, O Altíssimo  Deus, deu a Nabucodonosor teu pai, o reino a grandeza e, glória e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e línguas tremiam e temiam diante dele. A quem queria matar, matava, a quem queria deixar com vida, deixava com vida, a quem queria engrandecer, engrandecia e, a quem queria abater, abatia. Mas, quando o seu coração se exaltou e, o seu espírito se endureceu em soberba, foi derrubado do seu trono real e, passou dele a sua glória. Foi tirado dentre os filhos  dos homens e, o seu coração foi feito semelhante  ao dos animais. A sua morada foi com os jumentos selvagens e, fizeram-no comer erva como os bois e, pelo orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens e, a quem quer constitui sobre eles. Mas tu, seu filho, Belzasar, não humilhaste teu coração, ainda que soubeste de tudo isto. Em vez disso, levantaste-te contra o Senhor do céu, pois, foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti. Tu, os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas bebestes vinho neles. Além disso, destes louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem nem sabem. Mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e, de todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.

Então dele foi enviada aquela parte da mão e, escreveu-se essa escritura.

Esta é a escritura que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM.

Esta é a interpretação daquilo:

MENE Contou Deus o teu reino e, o acabou.

TEQUEL: Pesado foste na balança e, foste achado em falta.

PERES: Dividido foi o teu reino e, dado aos medos e persas (Daniel 5 vs 17 a 28) e ainda o vs 30 nos diz: Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. Dario o medo ocupou o trono e Babilónia e todo o império foram anexados ao império medo-persa.