Páscoa – A Grande Festa de Liberdade 2

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” (Mateus 5:17-19) Assim falou um rabino nascido por um milagre, anunciado por anjos e uma estrela, salvo de assassínio, voltado de Egipto, um Cordeiro Pascal sem pecado que curava os doentes e ressuscitava os mortos na terra que Ele tinha prometido aos Seus antepassados humanos.

Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades… Estas são as solenidades do Senhor, as santas convocações que convocareis ao seu tempo determinado: No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a Páscoa do Senhor” (Levítico 23:1-2,4-5).

Obediente à Sua própria lei designada, Jesus organizou todos os elementos pela Sua morte iminente como o Cordeiro Pascal sacrificial sem pecado. Ele tinha preparado os Seus discípulos judeus que continuassem a Sua obra espiritual depois da Sua partida deste mundo. Ele entrou em Jerusalém, o capital de Israel, na hora certa para celebrar a ceia da Páscoa com eles. “Chegou, porém o dia dos ázimos, em que importava sacrificar a Páscoa. E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos.” (Lucas 22:7-8)

Depois da morte e da ressurreição do rabino divino de Nazaré, os Seus discípulos judeus foram imergidos no Seu Espírito Santo e começaram a sua obra de serem os Seus representativos na terra. Onde eles viviam? A quem ministravam? A qual religião eles pertenciam?

No dia da próxima grande festa judia designada por Deus no Seu calendário espiritual, “Pedro, porém pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém… Homens israelitas, escutai estas palavras… Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2:14, 22, 36) “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.” (Atos 5:42).

Os discípulos judeus de Jesus continuaram a ser judeus obedientes ao Ensino (Torá) de Deus no Antigo Testamento, mas com a dimensão adicional de conhecerem a identidade verdadeira de Jesus e de serem enchidos do Seu Espírito Santo. Liam as Escrituras judias, oravam as orações judias, observavam as leis judias de alimentação (Atos 10:13, 11:3). Mais tarde, quando o número de crentes gentios tinha crescido a uma proporção dominante fora de Israel, os seguidores de Jesus judeus tinham que tomar uma decisão. Os crentes gentios deviam tornar-se em judeus oficialmente para que fossem aceitados por Deus e pelos crentes judeus? Ou poderia haver uma nova qualidade de crente e discípulo de Jesus que não devia obedecer a toda a lei judia? “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.” (Atos 15:28-29). Aos seguidores gentios do rabino judeu, o Messias, Deus encarnado na terra, foi oferto a escolha: observar a lei judia ou não.

Deus sabia que seria completamente impraticável pelos gentios espalhados por todo este planeta que vivessem de acordo com as leis que Ele tinha dado aos judeus. Não obstante, Ele atrai a atenção de crentes gentios agora aos Seus tempos designados, às Suas festas anuais. Em todo o mundo há um movimento espiritual de reencontrar as origens judias do cristianismo. Os gentios têm fome para participar nas festas que a sua família espiritual, os judeus, tem celebrado por 3.500 anos. O Espírito Santo revela-lhes o simbolismo da pessoa e da obra de Jesus nas festas. Crentes gentios começam a celebrar as festas judias tradicionais com a revelação e o entendimento – o melhor de ambas as tradições espirituais!

Mas porquê este movimento é uma tal novidade? Porquê os cristãos não conheciam as festas judias por tanto tempo? Porquê não tem havido nenhuma ligação entre os seguidores do rabino divino judeu e a Sua própria família étnica e religiosa? A obra do Satanás é de matar, roubar e destruir. O seu alvo é de separar as pessoas de Deus e do Seu amor. Ele tenta aniquilar o povo de Deus, os judeus. Ele é o pai de mentiras. Ele teme só uma coisa: o poder do sangue do Cordeiro. Qual cordeiro? O cordeiro pascal, cujo sangue impediu que houvesse a morte e a destruição nas casas dos judeus obedientes (Êxodo 12:21-24). Na ceia da Páscoa, o Séder, cada ano os judeus celebram a sua salvação da morte e a sua libertação da escravidão, o amor de Deus e o Seu compromisso e poder em acção por eles. Cada elemento da ceia, cada oração, cada bênção, cada acção é um símbolo rico da salvação física de Deus. Crentes em Jesus, o Cordeiro Pascal de Deus, podem celebrar esta ceia também, sabendo que foi num Séder que Jesus declarou que o pão ázimo do Séder e o vinho representavam o Seu corpo e o Seu sangue entregados por ele na Nova Aliança que Deus providenciava, quebrantado e derramado na cruz.

Satanás sabia que ele não podia desfazer os evenementos e fazer desaparecer a sua própria derrota por Jesus. Então, ele esforçou-se para separar os seguidores de Jesus do poder e da riqueza das suas origens judias. Por quase 300 anos o cristianismo espalhou-se num clima de perseguição e perigo. Quando finalmente o imperador romano Constantino decidiu de declarar como lícito o cristianismo, seguir Jesus não se tratava mais de vida e morte mas de respeitabilidade social.

Para fazer o cristianismo mais aceitável aos gentios pagãos, os líderes cristãos daquela era decidiram de rejeitar a sua herança e os costumes judios que tinham sido a práctica normal por 3 séculos. No Conselho de Nicea em 325 d.C. declararam: “Esta irregularidade (observar a Páscoa judia) deve ser corrigida.” Celebrar a Páscoa judia foi proscrito, e fizeram um nova lei (uma lei dos homens e não de Deus) que declarou que a morte e a ressurreição de Jesus deviam ser celebrados no “domingo a seguir da primeira lua cheia do equinócio da Primavera” (e não no 14º dia do primeiro mês do calendário judeu). Esta nova data de celebração coincidiu com o festival de fertilidade pagão festejado na Primavera em Europa e no Médio Oriente antigo (do qual recebemos o costume de ovos e coelhos!). Na língua inglesa original, anglo-saxão, a deusa de fertilidade na Primavera chamava-se Eastre ou Eostre, que dá o nome actual da Páscoa em inglês: Easter. O nome português vem da palavra hebraica: Pesach.

Contudo, os edictos do Conselho de Nicea em 325 d.C. não foram obedecidos por todos os cristãos, habituados à sua ligação antiga com as suas raízes espirituais judias. No Conselho de Antioquia em 345 d.C. uma nova declaração foi feita por líderes cristãos contra a Páscoa original. “Se qualquer bispo, presbítero ou diácono atreve, depois deste decreto, de celebrar a Páscoa judia, o Conselho julga-os de serem anátema (maldito) da Igreja. Este Conselho não somente os dispõe do ministério, mas também todos os que atrevam comunicar com eles.” Não é tão espantoso que os cristãos que celebravam a festa de Páscoa designada por Deus, celebrada pelo próprio Jesus, seriam amaldiçoados pelos homens que pretendiam de falar no Seu nome?

Apesar desta segunda declaração continuavam tantos cristãos com a sua herança judia que os líderes da igreja queriam reforçar os seus edictos que contradiziam a lei de Deus. Do Conselho de Laodicea em 365 d.C. (“Não é lícito receber festivais feitos por judios.“), do Conselho de Agde em 506 d.C. (“Os cristãos não devem participar nos festivais judeus.“) e do Conselho de Toledo X no 7º século (“A Páscoa cristã deve ser celebrada na data determinada pelo decreto de Nicea.“) podemos entender que a ligação e as raizes judias do cristianismo ainda não tinham ser aniquiladas.

A festa judia de Páscoa que declara o amor de Deus e a salvação pelo sangue do Cordeiro e que profetiza a pessoa e a obra de Jesus foi separada do cristianismo por medo e por força. No 6º século, por exemplo, o Imperador Justiniano da denominação Ortodoxa Grega enviou os seus exércitos de Bizâncio por todo os seu império para obrigar a proibição contra a Páscoa judia, causando o assassínio brutal de milhares de homens, mulheres e crianças. Cidades inteiras foram massacradas por causa de recusar de parar de celebrar a Páscoa judia. A igreja católica baseada em Roma também juntou-se às tentativas ortodoxas de erradicar a Páscoa judia. Quão extraordinário e triste é de aprender que os crentes cristãos morreram por obedecer a Deus, perseguidos por aqueles que pretendiam operar na autoridade de Deus! Será que estes líderes da igreja não tinham lido as palavras de Jesus em Mateus 5:17-19?

Então, por mais que mil anos a maior parte dos cristãos gentios viviam na ignorância das suas raízes espirituais judias. Temor da rejeição, temor de ser amaldiçoado, temor da autoridade dos homens separaram-nos das festas designadas por Deus. Quê obra maravilhosa do Espírito Santo de Deus que Ele revela agora esta dimensão nova e antiga da fé aos milhões de crentes famintos por todo o mundo! Seguidores gentios do Messias judeu podem decidir agora de participar nas celebrações da Sua Páscoa judia. Podem celebrar como Ele salvou os seus antepassados espirituais, os judeus, da escravidão e da morte pelo Seu poder e pelo sangue do Cordeiro. Podem regozijar-se no Seu segundo acto de resgate, da escravidão a Satanás e da morte que é o salário do pecado, pelo poder do Seu Espírito Santo nas suas vidas e pela operação do sangue do Cordeiro derramado na cruz.

Vamos obedecer a Deus e não aos homens! Vamos regozijar-nos nas Suas bênçãos e não temer a maldição dos homens! Vamos renovar a nossa ligação com a nossa família espiritual judia!

A Páscoa judia começa ao anoitecer nos dias seguintes:

Segunda-feira dia 18 de Abril 2011

Sexta-feira dia 06 de Abril 2012

Segunda-feira dia 25 de março 2013

Segunda-feira 14 de Abril 2014

Sexta-feira dia 3 de Abril 2015

Sexta-feira dia 22 de Abril 2016