Você já esteve doente e sentia-se indignado e zangado contra Deus? “Eu não fiz nada que merece-se isto!” você se queixa. Ou talvez uma criancinha está no hospital com uma doença muito grave e você clama a Deus, “Porquê tu permites isto? Como é que esta criança ganhou isto?” Tanto sofrimento ao nosso redor parece injusto. Porquê aconteceu isto? “Eu vou à igreja. Esforço me a ser bom. Leio a minha Bíblia. Dou ofertas para apoiar a obra de Deus. Simplesmente não entendo onde enganei-me! Apesar de tudo, estou doente! Deus, porquê?”
É verdade que certas doenças resultam de certos pecados. Por exemplo, a fornicação (imoralidade sexual) provavelmente trará uma doença de transmissão sexual ao seu corpo. O abuso do álcool o das drogas danificará orgãos internos incluso o cérebro. Na Bíblia lemos de duas ocasiões quando Jesus não somente curou um homem, mas referiu ao seu pecado. “E Jesus, vendo a fê deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.” (Marcos 2:5) Uns momentos depois, o paralítico tomou o seu leito e trouxe-o para casa. “Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.” (João 5:14) Este enfermo de 38 anos recebeu a sua cura num encontro com Jesus, mas manter a sua cura estava sujeito a ele mudar a sua vida interior e não só a sua vida exterior. Jesus ofereceu o perdão e a cura em combinação, mas avisou o homem que se ele não se arrependia, qualquer outra doença podia atacá-lo.
Outras condições medicais resultavam da opressão espiritual por demónios. Jesus curou muitos por mandar sair um espírito. “Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem” (Lucas 8:29) Ao louco violento foi restituida uma vida pacífica e normal momentos depois. “Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai.” (Lucas 9:42) Podemos dar entrada aos espíritos imundos se insistimos em atitudes ímpias, por exemplo: manter a ira, a amargura, a falta de perdão, ou se participamos em actividades proibidas por Deus para nos proteger, por exemplo: consultar espíritas e bruxos, idolatria, roubo, imoralidade, tomar drogas não medicinais, calúnia. Jesus expulsou os espíritos imundos das pesoas, deixando-as curadas e livres para viver normalmente outra vez. Contudo, Ele avisou que os espíritos podiam voltar se a pessoa não fizesse uma mudança espiritual radical à sua vida (Lucas 11:24-26).
Espere! Você quer dizer que um bebé tem cometido estes pecados? Mas ele está aleijado ou morre de cancro… A Bíblia também nos alerta às maldições que podem ocorrer na linhagem de família. Você já notou como certas doenças atingem aparentemente a tantos membros de família por várias gerações? Quantos esperam sofrer das doenças dos seus pais?
Quando Moisés e o Povo de Deus chegaram à fronteira da Terra Prometida, Deus repetiu as condições para receber as Suas bênçãos. “E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, … todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus” (Deuteronómio 28:1-2). Obediência a Deus traz-nos as Suas bênçãos, incluindo a saúde e a cura.
Todavia, “Será, porém que, se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão” (Deuteronómio 28:15). Desobediência a Deus expõe-nos a uma maldição. “te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição: escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.” (Deuteronómio 30:19).
As bênçãos e as maldições podem correr duma geração à próxima aos descendentes aparentemente inocentes daquele que transgrediu a Lei. “sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericordia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.” (Êxodo 20:5-6 – referentes ao adorar a qualquer coisa que não é Deus). Deus quer abençoar-nos em todos os aspectos da nossa vida mas alerta-nos de como expôr-nos a uma maldição.
Lemos na Bíblia da primeira vez que uma maldição resultou da desobediência, e tomou lugar no Jardim de Éden. Quando Adão desobedeceu a um só mandamento de Deus, o resultado foi que ele devia viver separado de Deus espiritualmente, sob o domínio de Satanás, o seu corpo eventualmente enfraqueceu-se e morreu, e o mundo ao seu redor o sustentava só quando ele o exigiu por trabalho duro. O seu acto de pecado trouxe-lhe uma maldição espiritual, física e até financeira (de provisão). Os seus próprios filhos participaram no primeiro homicídio e exílio, vivendo nas suas vidas físicas o que Adão já tinha experimentado na sua própria vida espiritual.
Jesus chegou como o segundo Adão para inaugurar uma nova era quando podíamos fugir da lei do pecado e da morte, e começar a viver numa amizade íntima com Deus, disfrutando do perdão e da cura, liberdade da maldição. A sua concepção sobrenatural garantiu que nenhuma linha de descendência que transmitiria a maldição e o pecado por meio dos Seus antepassados humanos podia infectâ-Lo. Por resistir à tentação, garantindo que Ele vivia em completa obediência ao Seu Pai, Jesus ficou puro e sem pecado. “Cristo nos regatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” (Gálatas 3:13-14) “Todas as nações serão benditas em ti (Abraão). De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão” (Gálatas 3:8-9).
Na cruz Jesus tomou sobre Si toda a maldição das nossas transgressões da Lei, que resultam no nosso esgotamento físico, mental e espiritual. Permitiu que o Seu corpo físico fosse partido e padecesse. Permitiu que sofresse mentalmente e emocionalmente por nós. Sofreu a separação espiritual do Seu Pai celestial naqueles últimos momentos na cruz quando todo o nosso pecado foi carregado nEle.
Quando confiamos em Jesus na cruz e tomamos aquela decisão radical de transferir a soberania sobre nós a Ele, somos resgatados da maldição de desobediência a Deus. Uma vez a maldição tirada de nós, temos a certeza de sermos perdoados e aceitos espiritualmente por Deus, e de recebermos a cura e a liberdade do domínio dos espíritos imundos sobre o nosso corpo e a nossa alma. “Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos (a expiação). Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.” (Romanos 4:7-8) Podemos sair da maldição e entrar na bênção por um simples acto de arrependimento, confissão e fé em Jesus.
Mas se eu não posso notar nenhuma ligação entre a doença e uma maldição ou pecado? “E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” (João 9:1-3) Depois, Jesus curou o cego.
Havia um propósito maior na situação do que meramente alegrar um cego e a sua família. O amor e o poder de Deus demonstraram-se aos pecadores. O Seu carácter manifestou-se à humanidade. Mais tarde Jesus encontrou o homem de novo. “Encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.” (João 9:35-38) O homem curado fisicamente decidiu entrar num novo relacionamento espiritual com Jesus, de confiança, honor e gratidão.
Cada vez quando alguém na Bíblia recebeu uma cura no seu corpo e/ou uma libertação da opressão por um espírito imundo, estava em contacto com Jesus ou com os Seus discípulos que Ele tinha autorizado de representá-lo na obra. Milhares de pessoas foram curadas mas poucos aproveitaram a oportunidade tremenda na sua frente. “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demónios” (Lucas 8:2) era uma das várias mulheres que viajavam com Jesus e os discípulos, aprendendo dEle e apoiando-O financeiramente (Lucas 8:3). Quando um leproso samaritano foi limpo, não só recebeu de Jesus uma nova vida fisicamente e socialmente, mas “vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; e caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lucas 17:15-19)
Nenhuma doença nem maldição podem resistir à presença e autoridade de Jesus. Nenhum pecado que cometemos é odioso demais para Jesus expiar. Seja que impomos a doença sobre nós pelo nosso próprio pecado ou seja herdámo-la dos nossos antepassados por uma maldição das gerações, ou seja que sofremos sem razão espiritual aparente, a cura e a libertação são livremente ao nosso dispor. Como o cego ou o leproso tocados e curados por Jesus, prostrados aos Seus pés em gratidão para dar glória a Deus, podemos nós responder ao amor de Jesus. Como Maria Madalena podemos seguir Jesus, aprender dEle, e apoiar a Sua obra.
Jesus pode revelar a Sua glória por curá-lo – mas será que você responderá por dedicar-se a Ele e começar uma nova vida espiritual com Ele? Você permitirá que Ele use a sua doença e cura para o levantar a um novo relacionamento com Ele?
Convide-O de entrar na sua vida como Senhor e Salvador! Confesse o seu pecado a Ele e arrependa-se! Convide-O de entrar em si para o limpar e curar e trazer a vida eterna! Declare a Sua cura sobre a sua doença, fique firme na Sua autoridade como ficaram os Seus discípulos, para declarar a cura das crianças novas demais para tomar responsabilidade! Deixe que Jesus glorifique o Seu Pai por lhe trazer a cura e a libertação!
(Versos bíblicos da Bíblia Sagrada, Ferreira de Almeida)